quarta-feira, 12 de junho de 2013

Por quê matar a pobre?

Ontem fui dormir e um pensamento não me deixou a cabeça:
"Aquele vestido do ebay ia ficar lindo com um scarpin rosa e..." 
"Grazielle, você não explicou bem porque o nome do blog e o que ele realmente significa"

Então aqui vai:
Como eu disse no primeiro post, tenho um problema com compras: sou compulsiva. Toda vez que me sinto triste ou ansiosa ou estressada, só consigo aliviar minhas frustrações entrando em uma loja e comprando. Essa é a verdade e tem sido assim desde sempre. Mas, aparentemente, estou sempre muiiiito estressada.

Bem a personagem do livro e filme, Becky Bloom, ficou famosa porque vivia enrolada em dívidas por causa de sua compulsão em compras. Tá, eu não me enrolei tanto quanto ela em dívidas e até consegui me livrar de quase todos os meus problemas financeiros, mas ela representa, para mim, este desejo incontrolável de ter mais e mais roupas.
Quando ando nas ruas e passo pelas vitrines me sinto como Becky, que via as manequins chamando-a para entrar na loja. Eu não acho que tenho uma Becky Bloom em mim, acho que sou ela na maior parte do tempo.
Mas o que isso significa? Vou me matar? Óbvio que não!
Houve um tempo na minha vida (muito curto),  em que era fácil me controlar e juntar dinheiro. E eu quero voltar a essa fase boa. Quero poder conquistar coisas com meu dinheiro e não apenas ter. Dá para entender? Tenho 32 anos, e todo o dinheiro que já ganhei foi para o meu armário. Eu podia ter a minha casa própria, um carro... Mas moro de aluguel e estou pagando o banco.
Então é um pouco isso. Estou tentando seguir os passos da personagem para que eu possa começar do zero em grande estilo! :)
Fiz ontem minhas vendas e espero fazer mais hoje. E tudo dará certo, porque boa vontade nunca foi meu problema!

terça-feira, 11 de junho de 2013

Descobertas e conquitas

O primeiro passo para atingir o equilíbrio que preciso foi dado hoje.
Separei todas as roupas novas que nunca usei e nunca vou usar para vender. Levei para o trabalho e mostrei para as meninas. Me surpreendi com os resultados positivos na minha conta. A única parte difícil foi explicar para as pessoas porque tenho tantas coisas novas que nunca foram usadas dentro do meu armário. Fiquei sem jeito de dizer o óbvio: tenho um problema.
Também não tive grandes problemas para achar a roupa que ia vestir para o trabalho. Uso sempre as mesmas, é quase um uniforme. Então liguei no automático. O choque foi quando descobri que o bolso da calça jeans está com um furinho. Normalmente pensaria que preciso de uma nova, mas como não vou comprar nada pelos próximos meses, tive que me satisfazer com a ideia de pegar linha e agulha e consertar eu mesma. Preciso aprender a reprogramar o meu cérebro para fugir das armadilhas. Principalmente agora que descobri mais esse gatilho para o meu consumismo.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Eu e a Becky

Chega aquele momento na sua vida que você descobre que não tem uma Becky Bloom em você. Você é ela! Seus ganhos não são suficientes para cobrir seus gastos, seu armário nem fecha de tanta coisa, você descobres sacolas com mais de dois meses escondidas no fundo do armário e, mesmo assim, qualquer vitrine parece te chamar. As vendedoras te conhecem pelo nome, te mandam mensagem pro celular e separam para você as pessoas com o estilo que você mais gosta.
Seus amigos, de forma carinhosa, fazem piadas sobre os seus hábitos consumistas e você acha a maior graça, sem perceber que a piada é você!
Bem, essa sou eu.
Mas eu quero mudar. Quero poder fazer planos que não envolvam pagar a fatura do cartão de crédito antes. Quero poder comprar meu apartamento e viajar, muito! Por isso, me impus um limite. Assim como a Jojo do "Um ano sem Zara", vou tentar ficar um ano sem comprar. Como minha compulsão vai além das roupas, entram no meu planejamento maquiagens, esmaltes e sapatos.
E que as pechinchas, as liquidações e edições limitadas não me arrastem de volta à estaca zero!
E lá vou eu!